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O que é a Quiropraxia? Como ela se tornou uma especialidade na fisioterapia? Como ela pode auxiliar na equipe desportiva?

A quiropraxia é uma ciência que identifica, previne e corrige problemas articulares, com a manipulação articular passiva e dinâmica de forma manual ou instrumental, promovendo um movimento passivo, de alta velocidade em um pequeno arco de indução, de uma superfície articulando sobre outra, mantendo as extremidades ósseas afastadas entre si, gerando os ajustes quiropráticos.

Embora haja referências de práticas muito antigas semelhantes a quiropraxia entre egípcios, gregos e povos orientais, na sua essência, ela é ocidental, sendo relatada a partir de 1895 por um autodidata canadense chamado Daniel David Palmer que morava nos Estados Unidos. O mesmo fundou a primeira escola de Quiropraxia em 1898 e atualmente há com um conjunto de escolas e Universidades nos Estados Unidos.

No Brasil, o norte americano Willian F. Fipps DC. trousse a quiropraxia em 1945 na cidade de São Paulo.

Na década de 50 o quiropraxista Henry Wilson Young DC., motiva a criação de um convênio entre sua faculdade americana e uma associação brasileira e assim a partir de 1958, teve início curso de quiropraxia no Brasil, mas durante o regime militar em 1964, todas as profissões não ortodoxas tiveram que fechar.

Em 1988 é fundada a Associação Nacional de Quiropraxia (ANQ) e em 1994 é fundada uma segunda entidade, a Associação Brasileira de Quiropraxia (ABQ). Tendo início a uma disputa de opiniões no aspecto “ensino” onde a ABQ defende somente a formação de profissionais independentes em faculdades com o formato do ensino americano e a ANQ que admite a formação de especialistas em Quiropraxia.

Em 2000 foram iniciados dois cursos de graduação em quiropraxia aqui no Brasil e em 2001 o Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (COFFITO) reconhece a quiropraxia como especialidade da fisioterapia.

Sendo que o fisioterapeuta com atuação em quiropraxia avalia os pacientes e diagnostica suas disfunções, utilizando-se das técnicas de manipulação quiroprática como recurso terapêutico em seu tratamento, que tanto pode promover a prevenção de lesões e problemas de saúde em geral.

Em relação a quiropraxia na área desportiva, os Estados Unidos vêm atuando com a quiropraxia desde 1980, como parte de sua equipe multiprofissional desportiva em jogos Olímpicos.

O setor esportivo profissional em rápida evolução cria um amplo campo no qual novas técnicas terapêuticas têm grande potencial de crescimento, desde que comprovada sua eficácia no desempenho esportivo.

A quiropraxia possui caráter científico e não se trata apenas de manipulação, tendo como abordagem típica diagnosticar, descartar exarcebações, tratar tecidos sintomáticos e avaliar déficits funcionais e fatores etiológicos responsáveis por lesões esportivas.

Rainer Thiele em sua revisão sistemática de 2019 observou em 6 estudos o uso da quiropraxia nos campos esportivos, mostrando melhora do aprimoramento do desempenho de atletas. No entanto, estudos anteriores nessa direção são muito pequenos, sendo necessário desvendar uma grande discrepância entre o uso da quiropraxia no esporte em todos os segmentos como prevenção, melhora do desempenho e tratamento de lesões. Mesmo assim, não é incomum quiropráticos que tratam atletas de elite ou amadores vir com o objetivo de melhorar o desempenho atlético ou promover um tratamento eficiente para atletas lesionados com o intuito de retorno ao esporte mais rápido possível.

Portanto o papel de um quiropraxista esportivo é facilitar o desempenho pela determinação precoce e tratamento imediato das lesões mecânicas em conjunto com a equipe multiprofissional desportiva, identificando e corrigindo os déficits do desempenho do atleta.

O Fisioterapeuta com atuação em quiropraxia, podem auxiliar os atletas profissionais e amadores em conjunto com a equipe multiprofissional, que praticam natação nos 4 estilos, prevenindo as lesões por movimentos repetitivos e por desequilíbrios biomecânicos.

As principais áreas de lesão em um atleta que pratica natação são o pescoço, ombro e lombar.

A instabilidade glenoumeral dos nadadores promovem impacto no ombro fazendo com que a musculatura do manguito rotador (o subscapular, o supraespinhal, o infraespinhal e o redondo menor) se contraiam para estabilizar a articulação e se complicando ainda mais pelo aumento da flexibilidade dos nadadores. E se não forem observadas podem reduzir a estabilidade da articulação glenoumeral pela frouxidão capsuloligamentar, forçando mais o manguito rotador para estabilidade.

Os nadadores possuem ainda uma postura característica criada pelo uso excessivo dos músculos adutores e rotadores internos do ombro, que promove um desequilíbrio na co-cotração.

O pescoço também está sujeito a movimentos sustentados e repetitivos, que podem ter implicações para futuras lesões por uso excessivo, principalmente quando o nadador respira unilateralmente durante toda sua prova, criando desequilíbrio biomecânico musculares e causando estresse na musculatura predispondo-se a dores de cabeça com base cervicoglenica e se agravando pelo déficit do nadador na rotação do corpo inadequada durante a prova, forçando ainda mais o pescoço para poder respirar.

Na modalidade de nado de costa também pode predispor à hiperflexão da coluna cervical. Assim como na região lombar, os desequilíbrios biomecânicos musculares devem ser avaliados e corrigidos.

Portanto, é de extrema importância conhecer junto com sua equipe multiprofissional a biomecânica do esporte, suas possíveis lesões e os principais grupos musculares usados para um bom desempenho biomecânico esportivo, no intuito de prevenir e aumentar sua eficiência.

Colunista - Prof Dr Glauber Heinz - Alexandre Ubilla
Glauber Heinz

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