Bianca Tiriba Gomes, MSc; Marco Aurélio Coelho Dutra Barreto; Victória Barbosa; Deise Elen Lago dos Santos; Renato Garcia Siqueira; João Carlos Ferrari Corrêa, PhD; Fernanda Ishida Corrêa, PhD
Programa de Doutorado e Mestrado em Ciências da Reabilitação Universidade Nove de Julho (UNINOVE) – São Paulo, Brasil; Graduação em Fisioterapia da Universidade Nove de Julho (UNINOVE); Curso de Graduação em Educação Física da Universidade Nove de Julho (UNINOVE) – São Paulo, Brasil
Introdução: A COVID-19 causada pelo vírus SARS-COV-2 contribuiu para a morte prematura de idosos ou deixou sequelas motoras, como fraqueza muscular, nas pessoas acometidas. Além disso, os idosos que estavam habituados à prática de atividade física foram obrigados a se manterem reclusos em suas casas, diminuindo suas atividades físicas habituais, o que pode ter contribuído para déficits funcionais e maior fragilidade.
Objetivo: Comparar a capacidade funcional de idosos no período pré pandemia da COVID-19 com o pandêmico (2 anos após).
Métodos: Estudo de conveniência com 20 idosos recrutados da comunidade, não frágeis, 68±5 anos, de ambos os sexos. O período de avaliação da capacidade funcional pré pandemia ocorreu em abril de 2019 e a avaliação foi repetida, para os mesmos participantes, em junho de 2021. Para caracterizar a amostra quanto à fragilidade foi utilizado o Questionário de Nível de Atividade Física e Fragilidade. Para avaliar a capacidade funcional foram utilizados os testes de Atividade de Vida Diária Glittre (AVD-GLITTRE) (segundos), o Teste de Caminhada de 6 Minutos (TC6) (metros) e o Timed up and Go (TUG) (segundos). Para comparação dos testes de capacidade funcional no ano de 2019 e 2021 foi utilizado o teste t pareado Wilcoxon.
Resultados: A capacidade funcional dos idosos piorou após os 2 anos, como observado pelo aumento significante (p<0.001) do tempo utilizado para realizar o teste AVD-Glittre em 2021 (272,00 ± 344,77 segundos) quando comparado à 2019 (171,90 ± 35,56 segundos); no TC6 houve diminuição significante (p<0.001) na distância percorrida em 2021 (464,65 ± 105,95 metros) comparada à 2019 (564,97 ± 85,22 metros); TUG houve aumento significante (p<0.001) no tempo para realizar o teste em 2021 (6,92 ± 1,53 segundos), comparada à 2019 (6,27 ± 1,19).
Conclusão: Houve uma piora da capacidade funcional dos idosos durante a pandemia por COVID-19.